Candidatos 2008

agosto 25, 2008

Estratégia do PSDB será colar imagem de Alckmin em Serra

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Mesmo ausente fisicamente, o governador vai marcar presença nos programas do horário eleitoral gratuito na TV.

Mesmo ausente fisicamente, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vai marcar presença nos programas do horário eleitoral gratuito na TV do candidato do partido à Prefeitura da Capital, Geraldo Alckmin. A parceria entre os dois será uma constante estratégica na TV e a tentativa de colar a imagem do candidato à do governador persistirá. A informação foi confirmada à Agência Estado por uma fonte ligada à coordenação da campanha do tucano.

Prova disso é que, na seqüencia do depoimento de Serra a favor de Alckmin, apresentado no primeiro dia de campanha na TV (20), o programa desta noite deve trazer um discurso em que o candidato exalta a parceria com o governador. “Fazemos uma parceria como Coutinho e Pelé”, afirmou o santista Alckmin, induzindo que há, entre ele e Serra, que é palmeirense, a mesma sintonia da dupla de atacantes do vitorioso Santos dos anos 60. Depois da apresentação, questionado sobre qual dos jogadores ele representaria, Alckmin tergiversou: “A modéstia não me permite falar.”

As cenas que devem ir ao ar na noite desta sexta-feira foram gravadas no início da tarde durante o lançamento do plano de governo do candidato, no Club Homs, na região central da Capital. O tucano aparecerá em uma arena montada no salão do clube, diante de uma platéia de cerca de 200 correligionários e com um círculo azul e amarelo com o número da legenda no centro (45), colado no chão.

Na apresentação do plano, Alckmin foi aplaudido com vigor ao citar realizações feitas em parceria com Serra, quando o candidato era governador e Serra, prefeito da Capital. “Coitado do Serra. Pegou a cidade financeiramente quebrada e com as obras paradas”, afirmou Alckmin. “Demos recursos para o Complexo Viário Jacu Pêssego, concluímos dois hospitais e fizemos 23 unidades de Atendimento Médico de Emergência (AMAs).” Alckmin reiterou que, agora, pretende inverter a ordem e manter o trabalho conjunto.

Alckmin também procurou mostrar identificação com o principal cabo eleitoral da adversária do PT, Marta Suplicy, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse que pretende trabalhar em “parceria” com o petista. “Lula não é presidente do PT. É presidente do Brasil”, disse. Em entrevista, reafirmou a intenção de união. “Na eleição cada um defende o seu partido, mas não há razão para ter 3º ou 4º turno.”

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Cabeça do Eleitor

agosto 1, 2008

Alckmin e Marta polarizam discussão no final do debate; Kassab mirou líderes nas pesquisas.

Filed under: candidatos — blogyeleicao @ 3:48 pm
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A 66 dias do primeiro turno das eleições municipais, o primeiro debate entre os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo, na noite de ontem, mostrou uma troca de acusações entre os principais candidatos e culminou em polarização entre os líderes na disputa, Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

Terceiro lugar na disputa, de acordo com o Datafolha, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) também foi agressivo.

Contrariando expectativas de que não iria para o embate contra o tucano, Kassab trocou críticas com Alckmin na questão da iluminação pública, mas seu principal foco foi a petista, a quem desafiou para uma comparação entre os governos.

“Tenho certeza de que uma coisa você vai ganhar: a que criou mais taxas”, disse Kassab, se referindo à criação de taxas na gestão de Marta (2000-2004). Ele também atacou a petista na área da saúde.

“Candidato Kassab, o problema da saúde existe em todos os municípios. Foi um problema na minha gestão, é um problema sério na sua, é o maior problema que você enfrenta. Por todas as pesquisas, 70% de descontentamento com essa questão”, devolveu Marta (53% dos paulistanos reprovam a atuação da Prefeitura na saúde, segundo o Datafolha).

No final, Alckmin partiu para cima da petista, lembrando do aumento de taxas, e dizendo que a prefeitura foi entregue ao PSDB “em um estado lastimável”, com a “área de saúde sucateada” e “a cidade endividada”. Marta classificou as críticas de “mentiras” e “politicagem”.

O debate de ontem foi promovido pela TV “Band” e durou duas horas e quarenta minutos. Os momentos mais tensos ocorreram quando os candidatos fizeram perguntas uns aos outros.

Ao mesmo tempo em que lembravam realizações de suas gestões -os quatro primeiros colocados já governaram ou a prefeitura ou o Estado–, buscavam explorar áreas mal-avaliadas nas gestões alheias.

Marta buscou falar muito dos CEUs (Centro Educacional Unificado) e do bilhete único para mais de uma viagem no transporte público, implantados em sua gestão. Alckmin frisou a necessidade de melhorias na saúde e no transporte público, principalmente na ampliação do metrô, cujo maior investimento parte do governo do Estado, que ele comandou por seis anos. Kassab falou do projeto Cidade Limpa, implantado em sua gestão.

Franco-atiradores

Também em terceiro na disputa, o ex-prefeito Paulo Maluf (PP), ao lado do deputado federal Ivan Valente (PSOL), foram os franco-atiradores do debate.

Valente foi o responsável por uma das perguntas mais duras em relação a Alckmin: “Você declarou ao TRE um teto de campanha de R$ 25 milhões, é muito dinheiro, o povo estranha isso. Quem vai financiar a sua campanha?”, questionou Valente, que ainda lembrou que o PSDB foi contra investigação na Assembléia Legislativa sobre o acidente com a linha 4 do metrô.

“Relacionar financiamento público de campanha com acidente em obra é de uma maldade e de péssimo, muito mal gosto. Uma tragédia que abalou São Paulo, aliás eu já estava fora do governo há quase um ano. É uma questão de obra, que pode acontecer em todas as obras, e está sendo rigorosamente apurada”, respondeu Alckmin. Ele também criticou o PT.

Já Maluf atacou Alckmin na questão da educação, considerado um dos pontos fracos da gestão tucana no governo do Estado –“Não adianta dizer que tem o melhor time e entrar em campo e perder de 5 a 0”-, e os juros praticados pelo PT na economia– “O PT mãe dos banqueiros e pai dos atravessadores”.

Alckmin respondeu dizendo que São Paulo está acima da média nacional no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Valente lembrou que o partido de Maluf, PP, faz parte da base de apoio do governo federal.

Maluf foi questionado por jornalista da Band sobre os sete processos que responde, o que o incluiu na “lista suja” da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros). “A politização da Justiça é um atentado à democracia”, rebateu Maluf. Instado a comentar, Kassab –que também está na lista– se disse a favor da transparência.

Ele também foi questionado por jornalista da Band sobre o email, revelado pela Folha, em que tenta influir em pesquisa Datafolha. Ele negou, dizendo que buscava evitar tumulto em áreas da pesquisa. Compareceram ao debate os oito candidatos cujos partidos elegeram representantes para a Câmara dos Deputados em 2006 –Marta, Alckmin, Kassab, Maluf, Valente, Soninha Francine (PPS), Ciro Moura (PTC) e Renato Reichmann (PMN).

julho 28, 2008

PT irá à Justiça contra uso da máquina por Kassab

A coordenação da campanha de Marta Suplicy (PT) irá pedir que a Justiça Eleitoral investigue se houve uso da máquina pública pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), que tenta a reeleição.

A mensagem foi enviada em 23 de julho –o primeiro dos dois dias de campo do levantamento, que apontou Kassab em terceiro lugar (11%).

Na noite de ontem, o candidato do PSOL, Ivan Valente, protocolou no cartório da 1ª zona eleitoral uma representação de abuso de poder contra Kassab pelo suposto uso da máquina pública em benefício de sua campanha.

O prefeito voltou a negar ontem o uso da máquina pública e repetiu que sua intenção era evitar que adversários, especificamente os petistas, influenciassem o levantamento. Os procedimentos de segurança e a metodologia do Datafolha impedem que ações coordenadas modifiquem o resultado.

Marta, que visitou ontem o Centro de Tradições Nordestinas e a festa anual dos motoristas de ônibus da capital, evitou comentar o caso. “Estou pasma, não tenho palavras”, limitou-se a dizer a ex-prefeita.

Coordenador da campanha petista, o deputado federal Carlos Zarattini (PT) justificou a intenção do partido de ir à Justiça contra Kassab. “Servidor público não é contratado para fazer campanha ou interferir nela.” A Lei Eleitoral prevê punições a quem utiliza cargo público para fins eleitorais. A pena para quem for condenado por tal ilegalidade pode chegar à cassação da candidatura.

O candidato tucano, Geraldo Alckmin, apesar de hospitalizado por conta de uma diverticulite, conversou com aliados e decidiu que não irá entrar com representação contra Kassab.

Dividindo o primeiro lugar nas pesquisas com Marta, o ex-governador disse temer dinamitar as pontes com o prefeito para um eventual acordo na disputa de segundo turno.

Reservadamente, a avaliação dos tucanos é a de que o gesto demonstra “desespero” e “descontrole” de Kassab. E pode afastar o prefeito de seu antecessor e padrinho político, o governador José Serra (PSDB).

“Cada um faz a campanha como pode. A nossa não se dá dessa maneira. Não pretendemos tomar nenhuma atitude, embora a gente entenda que eles tenham atentado contra uma das instituições mais importantes do país, que é o Datafolha”, disse o deputado federal Edson Aparecido, coordenador da campanha tucana.

Na seara petista existe uma divisão quanto às conseqüências políticas do caso. Parte da coordenação da campanha de Marta não vê com bons olhos a perspectiva de Kassab ficar “desidratado” tão cedo, pois o prefeito ajuda a diluir os votos do eleitorado antipetista. Seu enfraquecimento faria esses votos migrarem para Alckmin precocemente, colocando o tucano à frente de Marta. Outros petistas preferem polarização imediata com o tucano, numa antecipação, dizem, do segundo turno. Há o consenso de que Kassab deve crescer com a propaganda gratuita na TV e no rádio, que começa em 19 de agosto. O prefeito é o candidato que terá o maior tempo na TV.

Fonte: Folha Online

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Cabeça do Eleitor

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